Tudo sobre a região do Anhanduizinho
Campo Grande, terça-feira, 09 de janeiro de 2024.
Devidamente protegidos por equipamentos contra a Covid-19, agentes fizeram uma verdadeira “varredura” nas residências (Foto: Divulgação)
Foi uma verdadeira “varredura” realizada pelas equipes da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) que ao lado da Sisep realizaram no parcelamento Iracy Coelho Neto e localidades próximas, no bairro Centenário, na região do Anhanduizinho, durante a ação do programa “Cidade Limpa”, visando o combate ao mosquito Aedes aegypti têm sido intensificadas em Campo Grande.
De acordo com os dados divulgados pelo LIRAa, a localidade é uma das mais infestadas na Capital do Estado, daí a necessidade de um combate mais eficaz para reduzir os índices de proliferação do mosquito.
Em apenas dois dias de ação, os agentes de endemias vistoriaram 3,1 mil imóveis e recolheram dois caminhões, tipos “caçamba” de materiais inservíveis.
Os trabalhos de vistoria foram realizados nessa terça-feira (24) e quarta-feira (25), ocasião em que as equipes da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) percorreram as ruas do bairro vistoriando imóveis e terrenos baldios, realizando a limpeza e recolhimento de lixo em pontos mais críticos. Além do recolhimento dos lixos espalhados pelas ruas e terrenos baldios, os servidores ainda orientaram os moradores população para reforçar a importância das medidas preventivas a fim de combater o vetor da dengue, zika e chikungunya.
Por conta da pandemia de Covid-19, os cuidados foram redobrados durante as visitas. Além de usarem obrigatoriamente os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como máscaras, ao entrar em contato com o morador, os agentes questionaram ainda, se na família foi registrado algum caso suspeito ou confirmado no domicílio e se há pessoas pertencentes ao grupo de risco. Diante da resposta e caso a mesma tenha sido negativa, o trabalho foi realizado, mas sempre mantendo o distanciamento e sem contato.
“Esse é um trabalho fundamental para garantir o controle mecânico e eliminação dos potenciais criadouros do mosquito, além de, sobretudo, conscientizar os moradores sobre a necessidade de cada um fazer a sua parte, uma vez que 80% dos focos são encontrados dentro das residências”, reforça a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Veruska Lahdo.
Balanço
Conforme o balanço divulgado pela Coordenadoria de Vetores, durante as vistorias, foram encontrados e eliminados 141 focos do mosquito, em sua maioria, já com a presença de pupas, fase do ciclo que antecede o mosquito adulto, além de 2,6 mil depósitos potenciais criadouros do vetor.
O Aedes aegypti passa por quatro etapas até chegar à forma de mosquito: ovo, larva, pupa e forma adulta. Este ciclo varia de acordo com a temperatura, disponibilidade de alimentos e quantidade de larvas existentes no mesmo criadouro.
“Em condições ambientais favoráveis, as fases de ovo à forma adulta podem ocorrer de sete a dez dias. Por isso, a eliminação de criadouros deve ser realizada pelo menos uma vez por semana para que o ciclo de vida do mosquito seja interrompido”, destaca a superintendente.
Casos
De janeiro até o dia 24 de novembro foram confirmados 12.450 casos de dengue no município de Campo Grande. Apesar de expressivos, os números são inferiores aos registrados no mesmo período do ano passado, onde foram confirmados 19.647 casos e oito óbitos.
Orientações
Para controlar a proliferação do mosquito é preciso evitar água parada, em qualquer época do ano, mantendo bem tampado tonéis, caixas e barris de água, caixas d’água; acondicionar pneus em locais cobertos; remover galhos e folhas de calhas; não deixar água acumulada sobre a laje; encher pratinhos de vasos com areia até a borda ou lavá-los uma vez por semana e fazer sempre a manutenção de piscinas.
Além disso, é importante trocar água dos vasos e plantas aquáticas uma vez por semana; colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas; fechar bem os sacos de lixo e não deixar ao alcance de animais; manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo; tampar ralos; catar sacos plásticos e lixo do quintal, entre outras medidas que impeçam o acúmulo de água e de sujeiras.
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